NOVAS CAMANDUCAIAS - O caso de Ágatha vai a julgamento


Seu nome era Ágatha Vitória Sales Felix, gostava de se vestir de Mulher Maravilha e tinha 8 anos.

2019, Rio de Janeiro

Foto: Twitter/Reprodução

 

Quase três anos após a morte de Ágatha, o julgamento do seu caso começou nesta quarta, 8 de fevereiro. O acusado é o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, que responde por homicídio doloso.

Ágatha e sua mãe voltavam para casa numa Kombi, quando o veículo foi atingido por um disparo da Polícia Militar. A bala de fuzil entrou pelas costas da garota, que chegou a ser socorrida e a passar por uma cirurgia, mas não sobreviveu aos ferimentos. 

Supostamente, o verdadeiro alvo era um motoqueiro que passava no local na hora do crime. A polícia militar disse que havia um tiroteio, as testemunhas que não houve confronto algum - os únicos projéteis disparados vieram da arma de um agente do Estado. A versão da troca de tiros também foi negada pela Polícia Civil, em suas apurações para o inquérito. 

As investigações também ouviram colegas do cabo Soares, os quais informaram que na época do crime ele estava "sob forte tensão”, pois um policial militar teria sido morto três dias antes no Complexo do Alemão, onde morava Ágatha.

Hoje, 9 de fevereiro, o cabo Soares depõe para a Justiça. Sua voz será ouvida, a de Ágatha nunca mais.